sábado, 18 de julho de 2020



Lendo estes dias “A Yoga do Bhagavad Gita”, por Paramahansa Yogananda, cheguei nesta parte,  de  algumas qualidades que devemos desenvolver para alcançar a autorrealização, e fiquei pensando em como é difícil chegar neste nível de evolução e aprimoramento, de quantas vidas e encarnações levamos para atingir a realização espiritual, num primeiro momento até desanimei pensando em como estou longe disso... mas logo em seguida me lembrei que o importante é melhorar um pouco a cada, a cada experiência, lembrar dos ensinamentos e  fazer o melhor, pouco a pouco a gente vai conseguindo, um dia a gente acerta, no outro nem  tanto, mas o importante é ter consciência do que precisamos melhorar em nós mesmos e trabalhar estes traços nas nossas relações, nas atitudes e escolhas que temos a cada dia!


"Aquele que está livre de ódio a todas as criaturas, é amigável e benevolente para com todos, é desprovido de possessividade e da consciência do “eu”, é equânime no sofrimento e na alegria, tudo perdoa e está sempre contente, que pratica yoga com regularidade, buscando o tempo todo conhecer o Eu e unir-se no Espírito por meio do yoga, que dotado de firme determinação, com a mente e o discernimento entregues a Mim, esse é  Meu devoto e Me é querido.

Aquele que não perturba o mundo e que não pode ser perturbado pelo mundo, que está livre de exultação, ciúme, receio e preocupação, ele também  Me é querido.

Aquele que está livre de expectativas mundanas, que é puro de corpo e mente, que está sempre pronto para agir, que permanece sem se tornar preocupado ou ser afligido pelas circunstâncias, que abandonou todos os empreendimentos motivados pelo desejo e originados no ego, esse é Meu devoto e Me é querido.

Aquele que não sente regozijo nem aversão em relação ao que é alegre ou  triste ( nos aspectos fenomênicos da vida ), que está livre da mágoa e dos desejos, que expulsou a consciência relativa de bem e mal, que é atentamente devotado, esse Me é querido.

Aquele que é igualmente sereno diante de amigos e adversários, em face da adoração e da ofensa e diante das experiências de calor e frio prazer e sofrimento; que é calmo e se contenta com facilidade, não é apegado à vida doméstica e tem disposição tranquila e piedosa, esse Me é querido.

Mas aqueles que se mantém, com amor e veneração, nesta religião ( dharma ) imortal, revelada até aqui, impregnados de devoção, supremamente absortos em Mim, tais devotos Me são extremamente queridos."

Om, Tat, Sat

No Upanishad do sagrado Bhagavad Gita – o discurso do Senhor Krishna para Arjuna, que é a escritura do Yoga e a ciência da realização divina – este é o décimo segundo capítulo, chamado “Bhakti Yoga (União por meio da devoção).

 

A Yoga do Bhagavad Gita

Paramahansa Yogananda

 


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