Lendo estes
dias “A Yoga do Bhagavad Gita”, por Paramahansa Yogananda, cheguei nesta parte, de
algumas qualidades que devemos desenvolver para alcançar a
autorrealização, e fiquei pensando em como é difícil chegar neste nível de
evolução e aprimoramento, de quantas vidas e encarnações levamos para atingir a
realização espiritual, num primeiro momento até desanimei pensando em como
estou longe disso... mas logo em seguida me lembrei que o importante é melhorar
um pouco a cada, a cada experiência, lembrar dos ensinamentos e fazer o melhor, pouco a pouco a gente vai
conseguindo, um dia a gente acerta, no outro nem tanto, mas o importante é ter consciência do
que precisamos melhorar em nós mesmos e trabalhar estes traços nas nossas
relações, nas atitudes e escolhas que temos a cada dia!
"Aquele que está livre de ódio a todas as criaturas, é
amigável e benevolente para com todos, é desprovido de possessividade e da
consciência do “eu”, é equânime no sofrimento e na alegria, tudo perdoa e está
sempre contente, que pratica yoga com regularidade, buscando o tempo todo
conhecer o Eu e unir-se no Espírito por meio do yoga, que dotado de firme
determinação, com a mente e o discernimento entregues a Mim, esse é Meu devoto e Me é querido.
Aquele que não perturba o mundo e que não pode ser
perturbado pelo mundo, que está livre de exultação, ciúme, receio e
preocupação, ele também Me é querido.
Aquele que está livre de expectativas mundanas, que é puro
de corpo e mente, que está sempre pronto para agir, que permanece sem se tornar
preocupado ou ser afligido pelas circunstâncias, que abandonou todos os
empreendimentos motivados pelo desejo e originados no ego, esse é Meu devoto e
Me é querido.
Aquele que não sente regozijo nem aversão em relação ao que
é alegre ou triste ( nos aspectos
fenomênicos da vida ), que está livre da mágoa e dos desejos, que expulsou a
consciência relativa de bem e mal, que é atentamente devotado, esse Me é
querido.
Aquele que é igualmente sereno diante de amigos e
adversários, em face da adoração e da ofensa e diante das experiências de calor
e frio prazer e sofrimento; que é calmo e se contenta com facilidade, não é
apegado à vida doméstica e tem disposição tranquila e piedosa, esse Me é
querido.
Mas aqueles que se mantém, com amor e veneração, nesta
religião ( dharma ) imortal, revelada até aqui, impregnados de devoção,
supremamente absortos em Mim, tais devotos Me são extremamente queridos."
Om, Tat, Sat
No Upanishad do sagrado Bhagavad Gita – o discurso do Senhor
Krishna para Arjuna, que é a escritura do Yoga e a ciência da realização divina
– este é o décimo segundo capítulo, chamado “Bhakti Yoga (União por meio da
devoção).
A Yoga do Bhagavad Gita
Paramahansa Yogananda
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