domingo, 9 de dezembro de 2012





Escolhi este vídeo lindo lindo lindo, para compartilhar com vocês nesta semana de festa, poderão conhecer um pouco mais sobre nosso Mestre Guruji Iyengar, que está fazendo 94 anos na 6a feira 14/12 , emocionante e inspirador, assistam!!
à ele Meu Namaskar!
OM... Shanti ...Shanti ...Shantih...







Queridos,

É com muita alegria, que convido a todos para comemorarmos o aniversário de 94 anos do nosso Mestre o Guruji  Iyengar, vamos comemorar  praticando em um aulão aberto :



sexta feira dia 14/12/2012 
de 19h15  às 21h



As vagas são limitadas, faça sua reserva!
Namastê!



“ Yoga confere firmeza ao corpo, clareza  à  inteligência,  pureza de coração. Isso é paz. “
BKS Iyengar










sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Especialmente para meus alunos queridos e para meus amigos professores, para quem não sabe esta é a Geeta , filha do Iyengar, interessante o que ela fala sobre o trabalho nas cordas, vale conferir!!
Namastê,
Bom Feriado!










domingo, 5 de agosto de 2012




Nossaaa , muito profundo, ainda da série dos textos da Glória Arieira , Gratidão!
Para refletir !!
Boa semana a todos,
_/\_


Olhar para si próprio

Swami Dayananda


Olhar para si próprio, além de ser através de um espelho, não é
comum mas possível, quando feito com uma total imparcialidade.
Tal “olhar para si” carrega revelações muitas vezes assustadoras, mas frutíferas.



Cada um a seu modo esforça-se para provar a si mesmo e aos outros que é bom. Se alguém faz tal esforço é porque tem um valor para o que é considerado por ele bom comportamento. Na maneira de se comportar, em resposta aos diferentes acontecimentos e situações na vida, ele faz esforço para comportar-se como uma boa pessoa, pois sabe que a bondade recompensa.

Mas é ele realmente bom? Para sua satisfação ele pode ter passado por um bom homem. Todo criminoso, até que seja descoberto, faz a mesma coisa e, mesmo depois da prisão, tenta provar a existência de circunstâncias que o compeliram ao crime. E ainda continua a se esforçar para ser um bom homem. Mas, então, ele é bom?

Se um homem é bom, não deve haver esforço de sua parte para ser bom. Uma vida boa é espontânea para ele. É neste ponto que ele deve parar para olhar para si mesmo.

Bom, genial, homem respeitável, qualquer que seja seu caráter interior, ele precisa submetê-lo à consideração do mundo. Se ele atribui tão grande importância a uma vida boa e honesta, não é importante que tenha um olhar para dentro e descubra, para si mesmo, o que ele realmente é?

A questão “sou tão bom quanto gostaria de parecer” coloca-o num estado de espírito diferente. Ele agora começa uma vida verdadeira. Ele despertou! Desperto ele está para sua vida, até aqui superficial, mecânica e muitas vezes hipócrita.

Um detalhado olhar para dentro, sem arrependimento ou autopiedade, lhe oferece uma plataforma dentro de si mesmo, através da qual ele olha para o que ele mesmo tem sido. Com isto a velha plataforma de operação é abandonada e também tudo o que foi necessário para criar a vida superficial e falsa.

Ninguém é sincero com os outros se não for consigo mesmo. Porque tentar ser sincero, sem primeiro sê-lo interiormente? Olhe para si mesmo, por favor, é aí que começa a sinceridade, pois até para olhar para si mesmo precisa-se ser verdadeiro.

Nós já temos valor por uma vida sincera.

O problema de alguém ter de nos convencer do valor por uma vida sincera não existe. Sabemos seu valor, por isso exibimos uma fachada para passarmos por bons. Portanto, a única coisa que resta a ser feitos para ser bom é ter um profundo olhar para si mesmo.

Podemos descobrir que não temos sido sinceros. O que importa? O reconhecimento de termos sido falsos é necessário para sermos verdadeiros. No reconhecimento de termos sido falsos está o começo da vida sincera.

Portanto, não há razão para lamentação nem para condenar a si próprio. O reconhecimento de que somos falsos é para sermos sinceros com nós mesmos. Neste instante nos tornamos sinceros. Isto não requer nenhum conhecimento de nossa parte nem requer algum apoio extermo. Somente um deliberado “olhar para si mesmo” o mudará, o transformará. Isto é possível, não é mesmo?

Buscando diversões em clubes, cinemas e na companhia de amigos, devemos reconhecer que estamos receosos de nós mesmos, amedrontados de estar com aquilo que hoje somos - vazios, inseguros, inadequados. Suponhamos que fôssemos plenos, seguros, adequados, nós estaríamos felizes com nós mesmos, não seríamos levados a buscar diversões. O que ganhamos em diversões não é nada mais que uma capa para encobrir a nós mesmos, para enganar-nos, pois encarar-nos significa convidar a tristeza e o desespero. Uma vez descoberta uma maneira para fugir de encararmos a nós mesmos, será difícil livrarmo-nos dela.

Os sistemas políticos atuais e as sociedades influenciadas por eles submetem-se a uma variedade de diversões em nome do “bem estar”.

As ocasiões para se estar consigo mesmo tornaram-se raras, pois as diversões são muitas. Vivendo em tal sociedade, o homem a despeito de toda a sua educação torna-se a cada dia que passa mais “escapista” do que antes. O conceito de sucesso na vida agora significa a capacidade de dirigir diversões. Os ricos e também aqueles que desejam riqueza, ambos procuram diversões. Os primeiros, as dispendiosas, os outros, as baratas.

Uma vida com uma organização menos artificial pode colocar o homem em seu próprio colo mais vezes do que ele poderia desejar e, nesses momentos solitários, ele pode descobrir mais sobre si mesmo. Isto não é possível nesta era de velocidade e interferência mútua. Mesmo no caso de se fugir para o campo, existe a probabilidade de tornar-se “louco” sentindo falta das diversões habituais. Parece não existir forma de escapar do “escapismo”.

Um apelo para voltar-se à religião pode soar como outro chamado para um diferente tipo de diversão. Peregrinações, sat-sangas, estudo de escrituras, preces, rituais, todos estes parecem oferecer as mais variadas fugas. É verdade que podem ser diversões.

O que é uma diversão? Diversão é alguma coisa que o ajuda a afastar-se de si mesmo, de sua não tão feliz pessoa. Uma religião organizada, centrada numa doutrina prometendo liberação depois da morte, só pode oferecer uma forma para escapar e, portanto, nela se pode, talvez, encontrar somente diversão. Mas, uma religião como é nossa tradição, cujo objetivo é o autoconhecimento, é algo diferente das religiões que são condenadas, talvez com razão por alguns psicólogos e dialéticos materialistas.

Se o autoconhecimento é o objetivo e a base da tradição hindu, os vários métodos de prática que ela oferece, incluindo o estudo das escrituras, volta o homem para dentro de si para reconhecer e alcançar o que essencialmente é. Na visão das escrituras hindus, o homem é essencialmente puro, divino, perfeito, pleno, seguro e seu objetivo é, portanto, fazê-lo reconhecer-se a si mesmo. Então, todas as práticas que elas oferecem não são diversões, pois levam o homem não para longe de si mas para si próprio.

No estudo das escrituras, buscamos o conhecimento do Eu. Nas preces, nós buscamos a nossa própria elevação. Nas peregrinações, buscamos a nossa própria companhia. Nos rituais, buscamos o nosso próprio exílio. Na meditação, buscamos a nossa própria dissolução e a descoberta de nós mesmos. Cada prática escolhida, com o conhecimento de seus objetivos e sua própria utilidade, nos colocará em condições de vivermos felizes com nós mesmos e depois na própria felicidade.

Isto não nos custa muito, como outras diversões, mas significa muito mais para nós. Seja o que for que fizermos, o retorno será infinitamente grande; o que somos agora não é uma barreira, mas exatamente o bastante para começarmos. A época, posição, lugar- nada isto bloqueia o caminho. Enquanto praticarmos, descubriremos uma duradoura emoção que nenhuma diversão pode oferecer.

Estamos nós propensos para tal empreendimento? Isto é possível, não é mesmo?



Palestra proferida nos anos 60
Tradução de Annabella de A. Magalhães






sexta-feira, 13 de julho de 2012




Olá a todos,


Então,  buscando sempre  força e inspiração para me manter focada nos meus objetivos, fui mais uma vez no site da Glória Arieira,  www.vidyamandir.org.br   encontrei este texto budista maravilhoso e não poderia deixar de compartilhar com vocês, é um pouco grande sim, mas pra quem se interessa é alimento para a alma e força para a vida, às vezes a vida fica mais agitada, são muitas as demandas e é normal nos perdermos neste turbilhão de pensamentos e emoções. Constância, determinação e paciência são ferramentas poderosas nesta empreitada da vida !!
Luz e paz!
Namastê,
_/\_



Perseverança e Sucesso



Neste momento de reflexão, podemos dizer que cada um de nós tem pelo menos um talento, algo em que é capaz, algo em se sobressai, algo em que tem facilidade. Mas não é o talento que trará o sucesso. Não é apenas talento que trará realização. A perseverança é a chave do sucesso.


Muitas pessoas de sucesso, conhecidas internacionalmente, dizem que a principal característica de personalidade para vencer, em qualquer empreendimento, é a perseverança.


Perseverança vem de perseverar, de continuar agindo, de continuar fazendo com constância e dedicação. De acordo com o Dicionário Michaelis, perseverança é “Qualidade de quem persevera; constância, firmeza, pertinácia”.


Até não muito tempo atrás, a maior parte da população mundial trabalhava no campo, plantando. Por isso, herdamos muitas metáforas, muitos provérbios e frases ligados à ideia de plantar, de plantio, de semear e colher.


Por exemplo, “quem planta ventos colhe tempestades” ou “cada um colhe o que planta”…ou ainda, o lema da Eubiose: “a esperança da colheita reside na semente” (spes messis in semine)


E o que isso tudo quer dizer?


Quer dizer que teremos o resultado de nossas ações. E a constância no agir é o que permitirá ter resultados maiores, melhores…


Pois pense bem: se você plantar uma semente de feijão, terá um resultado, se plantar dez sementes, terá outro, e se plantar milhares, durante várias e várias estações, terá outro…


O que é interessante, é que isto vale para tudo. Para aprender algum conhecimento, por exemplo. Eu sempre quis aprender música. Aprendi um pouco – mas sempre paro e não continuo. Qual é o resultado?


Sei alguma coisa, mas não sei tanto quanto gostaria… se me dedicasse mais, com constância, com perseverança por vários anos, (ou se já tivesse feito isso) saberia muito, muito mais!


Como disse Tomas Edison – que inventou não só lâmpada mas foi o primeiro a conseguir gravar um som e a reproduzi-lo (além de milhares de outras invenções): “Genius is one percent inspiration and ninety-nine percent perspiration”.


Traduzindo: “Genialidade é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração”.


Por isso, antes de esperar resultados, tenha paciência. Continue…Persevere!






A vida no planeta Terra é cheia de desafios e precisamos estar prontos para enfrentá-los e superá-los. É importante a perseverança em nossos ideais e resoluções para renovarmos cada dia nosso compromisso com a vida.

A pessoa perseverante termina o que começa. Enfrenta os problemas e desafios sem reclamar, com bom humor e paciência. É flexível, positiva e dinâmica. Não é perfeccionista. Reconhece os próprios limites e os respeita, sem se sobrecarregar com preocupações que não pode resolver no momento. Aprende a não alimentar expectativas com o futuro e compreende que ninguém é perfeito.

Para ser perseverante é necessário auto-esforço e desenvolver o poder da Vontade ativa interior.

Segundo a psicologia budista, podemos conseguir isto através de quatro poderes:

1. O poder da aspiração

2. O poder da constância

3. O poder da alegria

4. O poder da descontração.

A aspiração é a base da motivação que nos ajuda a atingir nossas metas. Precisamos aspirar por conhecimento, prosperidade, felicidade, amor. Aspirar desenvolver nosso potencial e conquistar o autodomínio e a paz interior.

A constância gera a estabilidade que precisamos para realizar nossos propósitos. Com uma intenção firme vamos colhendo os frutos de nosso 'doce' auto-esforço.

A alegria gera coragem, satisfação, disposição interna e leveza de espírito. É contagiante, é livre de preocupações, preferências e aversões. Sentir alegria nos harmoniza, nos liberta da depressão, de medos, da raiva, da inveja, da ansiedade.

A descontração nos dá espontaneidade e nos ajuda a manter nossos esforços com alegria. Ela nos liberta das tensões, do cansaço e da seriedade excessiva. Ao aprender a se descontrair nas situações desafiantes, aprendemos a ser mais tranquilos e confiantes. Aprendemos a saborear a vida e viver o momento presente.

A alegria e a descontração surgem de uma mente concentrada no que faz, presente no momento presente. Esses sentimentos vêm de um coração agradecido e generoso.

Para desenvolver a perseverança é necessário autocontrole e vigilância para manter bons pensamentos. É uma prática. Você precisa aprender a ser mais positivo, não alimentar pensamentos negativos que geram dor e inquietação.

Como diz a Bhagavad Gita, uma escritura sagrada do yoga:

"Que a separação da união com a dor seja conhecida como yoga.
Yoga deve se praticada com determinação e com uma mente livre de desânimo."

Como disse o filósofo alemão Goethe: "Só consegue sua liberdade e sua existência quem as conquista diariamente." Assim pratique meditação, relaxamento, hatha yoga com regularidade, com motivação, disciplina e alegria.

Como o sol, às vezes, fica encoberto pelas nuvens, assim também nossa alegria interior fica encoberta por tantos pensamentos aflitivos e ansiosos. Liberte-se da opressão da mente turbulenta e inquieta.

Sorria mais. Nutra suas experiências de liberdade, de alegria e de descontração a cada dia. Fique em paz! Deus em mim saúda e agradece Deus em você



Psicologia budista para perseverar 
por Emilce Shrividya Starling




quinta-feira, 28 de junho de 2012






Hoje dando uma olhada no site da Gloria Arieira encontrei este texto do Swami Dayananda achei tão lindo e importante que decidi publicar aqui no Blog, no site dela tem vários outros textos lindos e importantes da filosofia Hindu  www.vidyamandir.org.br, amor e aceitação,  é um pouco longo mas vale a pena!



O AMOR E A MENTE QUE ESTÁ CONSIGO MESMA
Swami Dayananda



Vedanta é um ensinamento sobre a natureza do próprio indivíduo, através do qual a pessoa descobre que o verdadeiro significado da palavra ‘Eu’ é o Ser, cuja natureza é absoluto contentamento e amor, livre de qualquer sentimento de limitação. Para apreciar a você mesmo nestes termos, é necessário que a sua mente possa estar consigo mesma, possuindo em uma medida relativa, aquilo que deseja descobrir em termos absolutos. Porque o ‘Eu’ é contentamento absoluto, a sua mente precisa ser relativamente satisfeita, capaz de um certo contentamento em si mesma. Porque o ‘Eu’ é amor absoluto, você precisa também ser uma pessoa relativamente amorosa, capaz de aceitar pessoas e objetos conforme são. Uma pessoa intratável, sem amor, não irá descobrir o Ser, pois a sua mente estará sempre agitada, e portanto, nunca estará consigo mesma.

Como então você poderia adquirir uma mente que desfrutasse de um relativo contentamento, permanecendo consigo mesma, e portanto, sendo capaz de amar? Será que uma mente que está consigo mesma pode ser obtida através do amor que você tenha por uma outra pessoa? Se o amor que você desenvolve por alguma outra pessoa é um amor mais permanente, tolerante, isto já não significa que a sua mente está tranqüila, tolerante? Veremos como o amor que você tenha por uma outra pessoa, por si só, não pode criar uma mente tranqüila e tolerante.

Primeiro você precisa ter uma mente tranqüila e tolerante, capaz de estar consigo mesma antes que possa facilmente descobrir um amor mais permanente por alguém. Logo, uma mente capaz de estar consigo mesma irá lhe servir de duas formas: ajudando-o a qualificar-se para o ensinamento de Vedanta e capacitando-o a descobrir um amor mais permanente no seu relacionamento com outra pessoa.

O amor por uma outra pessoa é algo que você descobre no seu interior, quando aquela pessoa lhe agrada. Você não pode decidir amar alguém, pois o amor não é uma ação que se execute. Se fosse, quando alguém lhe pedisse “por favor, me ame”, você poderia então decidir amar a pessoa amanhã.

Com referência à ação existe esta tríplice liberdade: fazer, não fazer, ou fazer de outra forma. Mas, com referência ao amor, esta liberdade não existe, pois o amor não depende da nossa vontade. Logo, o amor só pode ser descoberto em você mesmo.

Além disso, um objeto de amor, seja uma pessoa, um animal ou um objeto inanimado, não tem a capacidade inata de evocar em mim esta emoção que chamamos “amor”. Se fosse assim, esse objeto criaria amor em qualquer pessoa e em você mesmo todo o tempo. Mas não é assim que acontece. Para aquela mesma pessoa que você se vê fora de si de tanto amor, você eventualmente diz: “É melhor darmos um tempo”, significando que o seu amor acabou. Amor, na verdade, nada tem a ver com qualquer objeto que você ame, mas está em você, o sujeito. Os seus gostos e aversões particulares é que determinam o quê e quem será objeto do seu amor, da sua raiva e da sua indiferença. Mas a razão pela qual você ama alguém não é devido àquela pessoa, e sim devido a você mesmo; porque ela lhe agrada. Portanto, ao dizer “eu te amo”, você está realmente dizendo “você me agrada neste momento”. É como se você amasse o seu ser satisfeito. Qualquer objeto ou pessoa que evoque em você este ser satisfeito torna-se então objeto do seu amor.

Para que alguém se veja satisfeito através de uma outra pessoa, esta deverá preencher alguns de seus gostos e aversões particulares, que são altamente subjetivos e mudam de um momento para o outro. Em algumas situações você se percebe satisfeito, mas tudo está nas mãos do destino. E, geralmente, em algum momento, aquela pessoa não lhe agrada mais nem você a ela, pois ninguém consegue realmente preencher todos os mutantes gostos e aversões de outra pessoa o tempo todo. Quando o “ser satisfeito” se vai, o objeto de amor torna-se um objeto de indiferença ou mesmo de raiva. Portanto, não será através do amor por uma outra pessoa que a mente irá qualificar-se para estar consigo mesma.

Se o amor que você descobre por uma outra pessoa irá ou não tornar-se um amor mais permanente, é impossível saber. Votos matrimoniais existem justamente porque nós realmente não temos meios para saber se um amor irá ou não perdurar. Nós, muitas vezes, descumprimos promessas que firmamos, pois estar satisfeito não é fácil e satisfazer uma outra pessoa é igualmente difícil. Quando você se vê satisfeito com alguém e descobre um amor por essa pessoa, você se deixa arrebatar por sua paixão, ignora as limitações da outra pessoa, pois naquele momento elas nada significam para você. Enquanto elas permanecerem assim, sem maior importância, aquela pessoa parecerá ter algo que lhe agrada e o amor é então muito natural. Ao mesmo tempo, você é uma pessoa com as suas próprias raivas, ressentimentos, mágoas, culpas... que não desaparecerão só porque você está amando. O amor existe, sim, com referência àquela pessoa, mas com referência ao seu patrão, à sua sogra, ao governo, ao sistema econômico, você é a mesma pessoa zangada de antes da descoberta daquele amor. Porque você tem diversas coisas lhe irritando, a raiva estará sempre presente em seu coração, ainda que nem sempre expressa. Quando o frescor do amor que você descobriu se vai, sua raiva começa a se infiltrar no relacionamento. É quando você começa a ver as limitações da outra pessoa com referência às suas próprias expectativas. Se você não é uma pessoa já naturalmente amorosa, que antes de mais nada possua uma mente apta a estar consigo mesma, não será possível descobrir um amor mais permanente em nenhum relacionamento com outra pessoa. Isto é como esperar que apenas o seu nariz esteja saudável, quando todo o sistema está em desarmonia. É necessário lidar com o sistema como um todo. Arranjos feitos na relação não resolverão de fato, a menos que você mude completamente sua própria maneira de ser. Cedo ou tarde, a pessoa zangada dará vazão à sua zanga. Qualquer técnica para melhorar o relacionamento o fará temporáriamente. Para descobrir um amor mais permanente no relacionamento com alguém, você precisa de uma mente apta a estar consigo mesma.

Possuir uma mente capaz de estar consigo mesma envolve a aquisição de certos valores e atitudes e ter clareza quanto à sua importância. Com estes valores à sua disposição, você está garantindo as condições apropriadas para ser capaz de amar. Acomodar a outra pessoa é um destes valores. Na verdade, a sua raiva é devido à falta de acomodação, pois você espera que todo o mundo se comporte conforme as suas expectativas. Para que se possa desenvolver um valor pela acomodação das pessoas, um fato precisa ser claramente compreendido: a outra pessoa age de uma forma específica porque é incapaz de agir de outra forma. “Ele poderia ter feito melhor”, você diz. Se ele pudesse, ele então teria feito. Que direito você tem de exigir que a outra pessoa aja conforme as suas expectativas? Ela não teria então o mesmo direito de esperar de você uma outra maneira de ser? Afinal, se você mudasse, ela não precisaria mudar. Se você tem o direito de esperar uma mudança da outra pessoa, ela tem também o mesmo direito de esperar que você deixe-a viver como ela é. Na verdade, apenas acomodando as outras pessoas, apenas permitindo-lhes que sejam como são, você poderá obter uma relativa liberdade na sua vida diária. Se você analisar isso tudo de uma perspectiva mais ampla, todos interferem na vida dos outros. Em geral, você olha para as situações de uma perspectiva mais limitada e vê uma pessoa tomando um grande vulto, com a sua influência parecendo tornar-se forte demais. Na verdade, você nunca está livre, nem da influência de alguma outra pessoa e nem tampouco de todas as forças do universo no que diz respeito ao seu corpo físico. Nem é possível realizar uma ação ou até afirmar algo sem estar, de uma forma ou de outra, afetando alguém. Portanto, ninguém é realmente livre, uma vez que todos nós estamos interrelacionados.

Mesmo o Swami não é livre. Quando eu foi ao zoológico daqui, duas pessoas, ao passarem por mim comentaram entre si: “você viu a nova espécie”. Eu tento não incomodar as pessoas, mas é inevitável, até pelas minhas roupas. Eu me visto assim porque em meu país estas são as vestes tradicionais de um renunciante; quando venho aqui, eu quero me apresentar desta mesma forma. Esta minha decisão irá definitivamente afetar alguém. Se eu me perturbo pelos comentários, é somente porque permito que me perturbem. Então tenho somente a liberdade que me conferem. Entretanto, se eu reverter o processo, concedendo-lhes a liberdade de serem o que são e pensarem o que pensam, só então eu serei livre. Você tem tanta liberdade quanto a que confere aos demais. Eu vejo a mim mesmo como livre, e lhe deixo livre para ter seus problemas. Logo, eu não preciso brigar com você. A minha liberdade somente pode ser equiparada àquela que eu puder lhe conferir para ter uma opinião a meu respeito. Quando alguém vê minhas roupas e pergunta “o que é isto afinal?” Eu posso apenas sorrir e dizer: “Halloween chegou mais cedo este ano”. Não é necessário que eu altere a sua opinião, ainda que ela possa estar incorreta. Eu lhe concedo a liberdade de ser quem ele é. A única liberdade que eu possuo é de não me incomodar com suas opiniões.

Assim, você acerta contas consigo mesmo psicologicamente enquanto uma personalidade, o que nós chamamos yoga sadhana . Você não pode evitar a psicologia, pois precisa se organizar enquanto uma personalidade. Não é o caso de extinção de vasanas ou impressões, há somente um entendimento de que existem alguns problemas. Olhe para a sua vida pregressa e reconsidere aquelas situações, pessoas e eventos que realmente lhe prejudicaram. O que você vê não são apenas memórias, mas reações esquecidas. Uma reação não é algo que você faça conscientemente. Conscientemente você não pode ficar com raiva, pois a raiva não é uma ação, ela é uma reação que se apresenta quando você não tem controle sobre a situação. Estas reações criam um grande impacto sobre você, tornando-se parte da sua psique. A partir de uma individualidade, as reações criam uma personalidade. Elas são, em última instância, falsas e se devem a uma falta de atenção da sua parte. Elas não têm verdadeiras raízes na mente. Em si mesma, a memória não é algo desagradável. O desagradável são as reações penduradas que se tornaram como que reais. Portanto, traga à mente aquelas pessoas e momentos que lhe causaram algum tipo de incômodo ou quem você incomodou e de quem você carrega um certo sentimento de culpa. No assento de meditação, lembre-se de todas elas e permita-as ser como são. Quando você olha para o céu azul, as estrelas e os pássaros e as montanhas, você não tem do que se queixar; você se vê satisfeito e feliz. Nenhuma destas coisas faz algo para lhe agradar e ainda assim você está feliz, pois não quer que elas sejam diferentes do que são. Você as aceita conforme elas são, e portanto se vê satisfeito. O rio corre por seu próprio caminho. Você não quer que o volume d’água seja maior ou que o seu fluxo vá por uma direção diferente. Você, na verdade, busca estes pontos naturais porque eles não evocam aquela pessoa insatisfeita que você parece ser, zangada, difícil de se agradar. Aquela natureza insatisfeita, exigente em você não aparece. Você é um com a situação, você acomoda o que acontece sem que o mundo precise fazer nada para lhe agradar.

Este é o ponto em que a transformação precisa ocorrer. Veja-se como uma pessoa satisfeita com referência a estas poucas coisas e então traga esta pessoa satisfeita para lidar com todas as situações e pessoas que lhe desagradaram e que você também desagradou em uma ou outra ocasião. Aceite a si mesmo como você aceita as estrelas, os pássaros e as montanhas. Ore por uma mudança, se você achar que a outra pessoa precisa mudar ou então faça o que puder para ajudá-la a mudar. Mas, antes, acomode-as como são. Só assim você poderá realmente transformar-se totalmente enquanto pessoa. Não importa o quanto de Vedanta você venha a estudar. A menos que você acomode plenamente as outras pessoas, não funcionará com você. Você terá apenas um sentimento de que existe algo oculto, ainda por ser descoberto.

Você deseja mudar os outros para poder ser livre, só que isto nunca funciona. Aceite as outras pessoas totalmente e você então será livre. Só então você descobrirá o amor que é você mesmo.




Extraído de um seminário intitulado “Sobre o amor” com Swami Dayananda em Toronto, 27/07/85. Tradução: Marco Andre.








sexta-feira, 1 de junho de 2012



Olá Queridos,
 


Devido ao sucesso dos aulões de posturas Restaurativas e Pranayama, à partir do dia   15/06 (sexta-feira)  esta  aula entrará na grade de horários,  de 19h15 as 20h30!



 Além disso, estas aulas de sexta feira serão reservadas  não só para a prática de posturas restaurativas e pranayama como também  para a prática de meditações, estudaremos também um pouco mais a fundo a filosofia do Yoga  e  ainda o  estudo e prática das posturas invertidas, distribuindo e variando os temas a cada sexta -feira. Todas estas práticas auxiliam no sentido de amenizar o estresse, a ansiedade, depressão e outros distúrbios emocionais e mentais, ajudando a equilibrar o corpo num todo integrado, corpo, mente e  espírito!



Maiores informações entre em contato!
Namastê,
Paz e Luz




domingo, 13 de maio de 2012



Aulão, Prática de Asanas e Pranayama





Uma oportunidade para mergulhar mais fundo na prática, visando os princípios básicos do método Iyengar Yoga : Precisão no alinhamento, intensidade e sequenciamento, criando assim uma ativação progressiva do corpo inteiro.





Sábado,  19/Maio/ 2012

De 10h às 12h30



Alunos: 40,00   Não matriculados: 50,00

Vagas limitadas, faça sua reserva!






“ A dor que ainda está por vir pode ser evitada”  






segunda-feira, 23 de abril de 2012




" E em sonhos a mente contempla a sua própria imensidão. O que foi visto, é visto novamente. O que foi sentido em diferentes lugares ou regiões distantes, retorna à mente. O visto e o não visto, o ouvido e o não ouvido, sentido e não sentido, a mente vê tudo quando está sonhando."

 ( Upanixade Prashna)

domingo, 8 de abril de 2012






Olá pessoal, começamos o mês de Abril com horário novo no Estúdio, ainda tem vaga!










Segundas e Quartas
de 12h às 13h15


 
 
“ É por meio do asana ( postura) que conseguimos relaxar o cérebro. No asana, a consciência se espalha pelo corpo e se irradia para cada célula, criando uma percepção completa.”
Bks Iyengar


Maiores  informações



Aulão de Posturas Restaurativas e Pranayama




Sexta feira 13/04   de 19h15 às 20h45



Alunos: R$ 35,00    Não matriculados:  R$ 40,00

Reserve sua vaga!





“ Pranayama é o fogo divino, que limpa os órgãos, os sentidos, a mente, o intelecto e  o ego. Pranayama é  o coração do yoga”

( Prasanth )








domingo, 25 de março de 2012



Aulão de Posturas Restaurativas e Pranayama





“ Quando inspira antes do ar tocar os pulmões a mente toca os pulmões. A prática de pranayama aumenta a força da concentração.” 
( Prasanth )




Sexta feira 30/03  de 19h15 às 20h45

Alunos: 35,00   não matriculados: 40,00

Vagas limitadas , reserve a sua!

terça-feira, 20 de março de 2012



Aulão  Yoga Kuruntas (Cordas)







A prática com as cordas produz efeito terapêutico, principalmente para a coluna vertebral, que se torna mais flexível e também traz maior mobilidade nas articulações. Conseguimos intensificar o alinhamento e os efeitos das posturas, mesmo os iniciantes que tem o corpo um pouco mais rígido podem obter bons resultados com as cordas, asanas difíceis podem ser feitos com facilidade e segurança.


Sábado 24/03   de 10h às 12h
Alunos: 45,00   Não matriculados: 50,00
Vagas limitada,faça sua reserva!

domingo, 4 de março de 2012




Aulão de Posturas Clássicas


Asana  quer dizer postura, que é a arte de posicionar o corpo todo com uma certa atitude  física , mental e espiritual.  A Postura é pensada  e  ajustada  para que os vários membros e segmentos corporais sejam posicionados em seus devidos lugares na ordem certa, e a sensação ao final da prática seja de descanso e apaziguamento.

Ao refletir sobre que parte do corpo está trabalhando e que parte não foi ainda penetrado pela mente, levamos a mente à mesma extensão do corpo. Quando os asanas  são executados dessa maneira, as células do corpo, que tem sua própria memória e inteligência, mantêm-se sadias. E isto é também  viver no momento presente. Quando você está praticando não lhe ocorrem outros pensamentos.  Yoga confere firmeza ao corpo, clareza à inteligência, pureza no coração. 
( Árvore do Yoga, BKS Iyengar)





Sábado 10/03   

De 10h às 12h30

Alunos : 50,00    Não matriculados: 55,00

Vagas limitadas, faça sua reserva!

Harih Om!

domingo, 26 de fevereiro de 2012



Aulão de Posturas Restaurativas e Meditação


Durante a pratica desta sequência de posturas relaxantes, cada órgão do corpo é separado do outro para oxigenar e descansar apropriadamente, a permanência nas posturas é longa o suficiente para colocar o corpo e a mente em ordem, recuperados e renovados !!

Depois de descansar o corpo e o cérebro, acalmar a mente, estaremos mais preparados para vivenciar alguns minutos de meditação, o terreno mental estará preparado para então entrarmos neste campo de investigação mais profundo do eu, a meditação é apenas uma técnica, é uma técnica que vai nos ajudar a  perceber, a observar a mente,  “ Aquele que observa a mente , que é consciente da mente é você”.








Dia 02/03    Sexta-feira
De 19h15  as  20h45


Alunos: 35,00  e  não matriculados: 40,00
Vagas limitadas,faça sua reserva!





21- 97640352