sábado, 6 de agosto de 2011

OM


O OM é o mantra mais importante de todos. Se diz que ele contém o conhecimento dos Vedas ( Livros Sagrados Hindús ) , e se considera  o corpo sonoro do Absoluto,     Shabda     Brahman   ( criador do universo ). O  Om é o som do universo, do infinito e a semente que fecunda os outros mantras.

“ O Om é o mundo inteiro. O passado, o presente, o futuro , tudo é o    mantra Om.”                                                Mandúkya Upanishad

As escrituras contam que o mantra Om , amplificado na caixa de ressonância do vazio primordial, se propagou até criar o espaço e as galáxias. Foi o som que se deu no momento do big bang, da criação do universo.
O som é formado pelo ditongo das vogais a e u, e a nasalização, representada pela letra m. Por isso é que às vezes, aparece grafado AUM . Estas três letras correspondem, segundo a Maitri Upanishad, aos três estados de consciência : vigília, sono e sonho.” Esse Atman  ( Espírito ) é o mantra do eterno Om, os seus três sons, a, u ,m  são os três primeiros estados de consciência, e estes três estados são esses três sons”.
É a jóia principal entre os outros mantras. Escutar o mantra Om é escutar o próprio  universo, o próprio  Brahma ( Criador ), o Ser. Pronunciar o Om é como transportar-se á residência do Brahman. A contemplação do mantra Om é como atingir a forma de Brahman.
“ Na Índia , o mantra Om está em todas as partes, Hindus de todas as etnias , castas e idades conhecem perfeitamente o seu significado. Ele ecoa  em todas as cidades,  em todos os templos e comunidades.

O mantra se faz numa exalação profunda, e sempre em ritmo regular. Após a exalação vem uma inspiração nasal prolongada.  A nota musical em que se emite o som não interessa em absoluto. É aquela que resultar mais natural para você. Quando houver mais pessoas junto, todos devem tentar afinar-se.

O Om começa com a boca aberta, emitindo um som mais parecido com um a, mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som nasce no centro do crânio, se projeta para frente e vibra na garganta e no peito. Após alguns segundos de vocalização, a língua deve recolher-se para trás. Assim, aquele som similar ao a, se transforma numa espécie de o aberto, que vai fechando progressivamente.
No final sem fechar a boca, a língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o som se transforma em um M, que em verdade não é exatamente um M, mas uma nasalização.
 Para  treinar , coloque  uma mão no peito e a outra na testa para perceber como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.
Porém se você prestar atenção  à vibração que acontece durante a vocalização, perceberá que ao emitir a letra o inicial ( que começa como um a , não esqueça), a nasalização do M  já está contida nela. Ou seja, é um som que se faz com o nariz, e não com a letra m. Ao perseverar na vocalização, você sentirá nitidamente que a vibração se origina no centro da cabeça e vai expandindo até abranger o tórax  e o resto do corpo. Resumindo, o Om começa com a boca aberta e termina com ela entreaberta.
O Om é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a substância essencial que constitui todos os outros mantras, sendo o mais poderoso de todos eles. Ele é o gérmen, a raiz de todos os sons da natureza.
Essa  técnica é uma das mais antigas e eficazes que existem no yoga. Estimula o ájña chakra, na região do intercílio, sede de manas, o pensamento, e buddhi, a intuição ou consciência superior. Existem sete formas diferentes de vocalizar o Om. Esta é apenas a sua utilização como dhárani, suporte para concentração.






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